
Guarda Municipal deve ser acionada pelo 153
Qualquer parede ou estrutura em espaços públicos está suscetível a ser alvo dos vândalos. Eles quebram e picham mobiliários urbanos, trincheiras, praças, brinquedos e laterais de prédios. Além do prejuízo financeiro gerado aos cofres do município, que precisa empenhar equipes e materiais para realizar pinturas e manutenções constantes, a poluição visual enfeia a cidade e é crime. A população pode contribuir para que quem comete esse crime seja penalizado.
A lateral do Terminal Central, pintada recentemente, foi vandalizada. O novo mobiliário urbano da Rua XV de Novembro, instalado há menos de um mês, já apresenta marcas do vandalismo. Os criminosos também rabiscaram as edificações da nova Travessa Killian, entregue após uma obra completa de revitalização. Infelizmente, esses são apenas alguns exemplos do desrespeito com os espaços de uso coletivo.“Nós iniciamos há alguns meses um cronograma para revitalizar todas as trincheiras da cidade. Lavamos, substituímos estruturas danificadas pelo tempo e temos usado uma tinta antipichação para a pintura, que permite a lavagem. Em um dos casos, tivemos que retornar a trincheira somente alguns dias após realizarmos as melhorias. Precisamos deslocar uma equipe inteira com caminhão de manutenção munck para lavar as paredes. Isso atrasa o cronograma e gera custos para várias secretarias” explicou o secretário de Urbanismo, Transportes e Trânsito (SEMUTT), Lucas Pigatto.
A população desempenha um papel fundamental na proteção do patrimônio coletivo. Em 2025, a Guarda Municipal já registrou dez denúncias de pichações. As ligações foram feitas por cidadãos atentos que entraram em contato pelo telefone 153. A preservação de espaços públicos, como praças, parques, escolas e unidades de saúde, é não apenas um dever coletivo, mas também uma forma de garantir que esses bens continuem a servir à comunidade.
O Comandante da Guarda Municipal, Marciano Carlos Barreto, explicou que as ações das equipes de segurança incluem também o monitoramento com o uso da tecnologia. “Conseguimos prender em flagrante, há poucos dias, pessoas que estavam pichando nas imediações do nosso Terminal Central. Esse ato de vandalismo foi identificado por meio das câmeras da Muralha Digital, que temos usado como ferramenta de vigilância dos espaços públicos. Ainda assim, as denúncias da população são fundamentais para a atuação rápida das equipes e, consequentemente, para a proteção do patrimônio público”, explicou.
A depredação do patrimônio público, incluindo a pichação, é um crime tipificado no artigo 163 do Código Penal Brasileiro. O artigo estabelece como crime a conduta de destruir, inutilizar ou deteriorar bens pertencentes à União, Estados, Municípios ou entidades vinculadas a esses órgãos. A pena prevista varia de detenção de um a seis meses, ou multa, podendo ser aumentada no caso de ataque a bens especificamente municipais.