O café é a bebida que a maioria dos brasileiros ama e que vem servida em pequenas xícaras ou até mesmo em grandes copos. Há quem não consiga começar o dia sem um cafézinho ou aqueles que nem conversam pela manhã se não sentirem aquele cheirinho gostoso e o café quente na boca. Para os incuráveis amantes de café, qualquer hora é hora de tomá-lo.
O amor pela bebida pode ser uma coisa quase universal e conhecida por todos. Mas poucas pessoas sabem quais são os sintomas que ele pode provocar no nosso organismo. A cafeína pode ser realmente uma coisa ótima. Mas ela também pode funcionar contra as pessoas. A experiência vai depender do organismo da pessoa e o quanto ela absorve.
Pessoas que bebem três xícaras de café por dia podem já estar em um ritmo que pode ser ruim para a saúde delas. E também afetar outras áreas como o sono, disposição e até o desempenho.
E se você é uma das pessoas que consome cafeína por toda sua vida adulta, pode ser difícil descobrir como ela realmente te afeta. O primeiro passo é começar a analisar, o quanto você bebe e depois fazer uma verificação dos seus estados mental e físico.
Cafeína
Dos adultos norte-americanos, 90% ingerem cafeína todos os dias. Em média, são aproximadamente 300 miligramas, ou um café de tamanho médio. E qualquer quantidade acima de 400 miligramas por dia pode provocar efeitos colaterais. Os efeitos podem ser dor de cabeça, insônia, dores de estômago e ansiedade, como aponta a Mayo Clinic. E 14% dos americanos consomem mais do que essa quantidade recomendável de forma regular.
Mas segundo Maggie Sweeney, pesquisadora do Instituto Médico Johns Hopkins, não existe um número que seja saudável para todos. A resposta que cada pessoa terá à cafeína, é influenciada pelo estilo de vida e pelos genes de determinada pessoa.
E em casos raros, quantidades grandes de cafeína podem aumentar a probabilidade de ter um mini-AVC, onde o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido de forma rápida.
“É muito estranho ver uma pessoa de 21 anos que teve vários acidentes vasculares sutis ao longo dos anos, e esses tendem a ser pessoas que realmente ingeriram bebidas energéticas. Há certamente uma quantidade excessiva de cafeína”, disse o neurologista, Chris Winter.
Efeito
A cafeína tem uma meia-vida de cerca de seis horas. Ou seja, se uma pessoa beber 300 miligramas ao meio-dia, às 18 horas, ela ainda terá 150 miligramas em seu corpo. E meia-noite ainda terá aproximadamente 75 miligramas. Então uma pessoa que toma café com frequência pode muito bem estar sob a influência de cafeína há tempos sem parar.
A cafeína também bloqueia a ação da adenosina, que é uma substância química que acontece naturalmente no cérebro e orienta o corpo para a fadiga. E ela também aumenta a liberação de cortisol, que é um hormônio que dá resposta ao estresse e pode parar padrões normais do sono e de vigília. Então tirar a cafeína da alimentação já significa uma melhora natural do sono.
E várias pesquisas mostram que o sono é bem importante para um corpo e uma mente mais felizes e saudáveis. Segundo Trevor Kashey, um nutricionista com PhD em bioquímica, essas vantagens já superam os benefícios da cafeína.
De acordo com Winter, um sono melhor traz hábitos alimentares melhores. E isso pode, consequentemente fazer com que a pessoa perca alguns quilos nas primeiras semanas.
Para ver se um paciente deve ou não parar de consumir cafeína Kashey fez um teste decisivo. “Peça a alguém para remover a cafeína e observe o olhar em seu rosto”, diz ele. E se a pessoa tiver um pavor no olhar, é porque está na hora dela fazer essa mudança.