No domingo (21), a partir das 15h, está agendado um ato de apoio ao deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) em frente à sede do Ministério Público Federal, em Brasília, após sua cassação pelo TSE.
A presença de parlamentares de direita, incluindo Sergio Moro, é esperada, assim como a participação de movimentos de rua e influenciadores políticos.
Dallagnol foi procurador federal de carreira e se destacou como chefe da força-tarefa do MPF na Lava Jato.
Na noite da última terça-feira, 16, o Tribunal Superior Eleitoral realizou a votação para cassar o mandato do congressista, que durou um minuto e seis segundos, desde o término do voto do relator do caso, ministro Benedito Gonçalves, até a proclamação do resultado.
O ex-procurador paranaense foi condenado com base na Lei da Ficha Limpa e perdeu seu cargo por unanimidade, embora ainda haja a possibilidade de recurso. O julgamento foi presidido pelo ministro Alexandre de Moraes, que após o voto de Gonçalves, indagou se havia alguma divergência. Como não houve, o julgamento foi concluído e Moraes ressaltou que a medida é de imediata execução.
Entenda a acusação
Ex-procurador da República e ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público do Paraná, Deltan Dallagnol (Podemos-PR) teve o mandato de deputado federal cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (16).
Ele teve o registro questionado em razão de uma condenação do Tribunal de Contas da União (TCU) por gastos com diárias e passagens de outros procuradores da Lava Jato. Além disso, Dallagnol pediu demissão do Ministério Público Federal em 2021, enquanto era alvo de 15 processos administrativos.
Os ministros entenderam que Deltan teria se demitido do Ministério Público enquanto ainda respondia a processos internos para escapar de punição e não ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Pela regra, fica barrada a candidatura de quem deixa o Judiciário ou o Ministério Público para escapar de pena.