Polícia faz alerta sobre perfil em redes sociais que assusta crianças e manda mensagens induzindo ao suicídio

A origem desses perfis se deu em 2017 em países de língua espanhola, sendo muito conhecidos no México.

A Polícia Civil de Santa Catarina, o Núcleo de Inteligência e Segurança Institucional (NIS) do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) e a Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (Ceij) do TJSC alertam pais, professores e responsáveis por jovens e crianças sobre perfis em redes sociais utilizando o nome “Jonathan Galindo”, que tem assustado crianças na internet com conteúdo de terror e mensagens que podem induzir ao suicídio.

A origem desses perfis se deu em 2017 em países de língua espanhola, sendo muito conhecidos no México. Porém, recentemente foi identificada uma migração para o Brasil. São perfis criados por imitadores, com conteúdo já em português. Os responsáveis por esses perfis têm a intenção de assustar jovens e crianças, utilizando um tipo de máscara que lembra o “Pateta” – “Goofy”, um pouco deformada e assustadora.

“Esses perfis têm poucas postagens e desafiam as pessoas a segui-los e enviar uma mensagem privada. Feito isso, é só esperar o retorno deles, que se dá através do envio de mensagens, vídeos, áudios ou até mesmo de uma ligação por vídeo ao vivo. O conteúdo da resposta tem a intenção de causar desconforto, medo e, em alguns casos, tenta provocar o suicídio”, explica o agente da polícia civil Ivan de Souza Castilhos, integrante do NIS.

Para a coordenadora das DPCAMIs (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) em SC, delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila, o alerta é importante aos pais e responsáveis para que cuidem o que as crianças e adolescentes estão acessando na internet. “Você deixar um filho sozinho na internet é o mesmo que abandonar uma criança no meio da rua numa madrugada”, compara a delegada.

A Ceij, coordenada pela desembargadora Rosane Portella Wolff, faz o alerta como parte do rol de ações do projeto “Conhecer para se proteger”, que visa a implementação de iniciativas de educação e prevenção à exploração sexual contra crianças e adolescentes por meio da internet. O projeto, instituído pela Ceij juntamente com o NIS, Polícia Civil e Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, tem como público-alvo adolescentes do 8º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio das escolas da rede municipal e estadual de ensino.