A calma habitual de Guaratuba, uma cidade litorânea, foi bruscamente abalada na última sexta-feira, quando uma invasão de ratos assombrou a Praia Central. O que era para ser um local de descanso e lazer tornou-se cenário de um filme de terror, com roedores percorrendo a areia e gerando alarme entre moradores e visitantes. As imagens dos ratos circulando livremente foram amplamente divulgadas nas redes sociais, causando indignação e levantando sérias preocupações sobre a saúde pública.
O episódio ocorre em um momento delicado para a cidade, que já enfrenta uma severa epidemia de dengue, com 869 novos casos registrados em uma semana, ultrapassando até mesmo cidades maiores, como Paranaguá. Esta conjuntura reforça o estado de alerta em Guaratuba, colocando autoridades e cidadãos em vigília constante.
A reação nas redes sociais foi imediata, com vídeos viralizando e expondo a gravidade da situação. Moradores apontaram terrenos baldios e acúmulos de lixo como principais facilitadores dessa invasão indesejada, criticando a gestão municipal não só pela infestação, mas também pela falta de medidas preventivas eficazes.
A Prefeitura de Guaratuba, pressionada pela opinião pública, emitiu uma nota tentando acalmar os ânimos. Na declaração, atribuiu o aumento do número de roedores ao grande fluxo de banhistas e ao consequente aumento de resíduos alimentares disponíveis, que teriam atraído os animais. Essa explicação, porém, foi recebida com ceticismo e sarcasmo por muitos, que exigem soluções rápidas e eficientes.
Em resposta à crise, o governo municipal anunciou a implementação de medidas de controle, incluindo a instalação de armadilhas específicas para captura dos roedores. No entanto, foi alertado que os efeitos dessas ações seriam percebidos apenas a médio e longo prazo, um prazo que muitos cidadãos consideram inaceitável dadas as circunstâncias atuais.
Enquanto Guaratuba enfrenta essas duas sérias ameaças à saúde pública, a dengue e a infestação de ratos, a população permanece em estado de vigilância, esperando ações concretas que possam restaurar a segurança e a saúde ambiental de sua cidade. A situação atual serve como um lembrete sombrio dos desafios que emergências de saúde pública e gestão ambiental podem representar para comunidades em qualquer parte do mundo.
