Magistrado chegou ao ponto de dizer que “mulheres estão loucas atrás dos homens”
A Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) fez um pedido ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para que o desembargador Luís Cesar de Paula Espíndola seja afastado do cargo. Na última quarta-feira (3), ele afirmou que “as mulheres estão loucas atrás dos homens”.
A fala misógina aconteceu durante sessão da 12ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) que julgava suposto assédio de um professor contra uma aluna de 12 anos. Nesta sexta-feira (5), o corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, instaurou reclamação disciplinar contra Espíndola
Para a presidente da OAB-PR, Marilena Winter, é “imperioso” o afastamento antes mesmo da instauração do procedimento
Administrativo. (Foto: Divulgação)
Desembargador já foi condenado por agredir a própria mãe e a irmã
O desembargador já foi condenado, em 2018, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), pela Lei Maria da Penha, por agredir a própria mãe e a irmã.
O STJ condenou Espindola a 7 meses de prisão, mas a pena não foi aplicada porque o caso prescreveu.
Versão de Espíndola
“Esclareço que nunca houve a intenção de menosprezar o comportamento feminino nas declarações proferidas por mim durante a sessão da 12ª Câmara Cível do tribunal, afinal, sempre defendi a igualdade entre homens e mulheres, tanto em minha vida pessoal quanto em minhas decisões. Lamento profundamente o ocorrido e me solidarizo com todas e todos que se sentiram ofendidos com a divulgação parcial do vídeo da sessão.”