Família procura por cão ‘Pulga, que desapareceu após Atletiba em Curitiba

A assistente de vendas Daniele Ramos, tutora de Pulga, contou que o cãozinho se assusta muito com trovões e fogos de artifício.

A família do cão Pulga, de oito anos, está desde o último dia cinco em busca de informações sobre ele. Após os fogos de artifício em virtude do clássico Atletiba, o animal desapareceu da residência em que morava no bairro Abranches, em Curitiba, e não foi mais visto.

A assistente de vendas Daniele Ramos, tutora de Pulga, contou que o cãozinho se assusta muito com trovões e fogos de artifício. “No dia cinco de agosto tiveram os fogos devido ao Atletiba e daí ele se assustou. A gente sempre fica atento quanto a isso, mas como ele estava na sala com a gente, soltou os fogos e foi para fora. Arrebentou a tela com a boca e saiu”, descreveu aos amigos da Banda B.

Desde então, Daniele e a família fazem buscas incessantes pelo Pulga, mas sem sucesso. “Não conseguimos achar ele em lugar nenhum. Saímos de manhã, de noite, fim de semana, mas não sabemos o que aconteceu. Ele simplesmente desapareceu e não temos nenhuma pista”, contou.

Pulga foi adotado pela família de Daniele quando tinha seis meses e hoje está com oito anos. “Encontramos ele na rua na época de Natal, parecia assustado. Acreditamos que também estava assim devido aos foguetes. Na ocasião, decidimos levá-lo para a nossa casa”, explicou.

Além do medo de fogos, Pulga também precisa de remédios para um tratamento de hérnia de disco, o que preocupa Daniele. “Ele precisa tomar o medicamento todo dia e também aplicação de injeção. Se não fizermos isso, pode atrofiar a perninha dele”, disse.

Quem tiver informações sobre o Pulga pode ligar a família dele no telefone: 99789-4674.

Fogos e cães

A médica veterinária Thaís Casagrande, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Universidade Positivo, explicou como os fogos afetam os cães. “Os cães tem uma audição muito maior que a dos seres humanos, então os barulhos para eles são ainda mais altos, causando dor forte no tímpano. Quanto mais alto, mais vibração e pode chegar a romper a membrana do tímpano. Além de assustador, pode ser dolorido”, descreveu.

Segundo a médica, devido aos fatores citados acima, os cães acabam sofrendo com traumas com relação aos fogos de artifício. “Para esses animais que sofrem com isso, o ideal é deixar eles em ambientes calmos e que gerem segurança. Fechar a janela destes espaços, para reduzir um pouco esse barulho externo. Se possível, esteja presente com o animal ou o mantenha com outro cão, porque esse comportamento de matilha é interessante”, concluiu.

Outra dica eficiente é deixar no animal uma coleira de identificação com o telefone do tutor, para o caso dele fugir. Além disso, não se pode descartar a medicação com algum relaxante muscular em datas como Ano Novo.