Campeãs colecionam títulos – mas precisam vender balas nas ruas de Curitiba para competir

Mayara Monteiro Custodio tem 33 anos, é natural de Londrina e atleta consagrada de jiu-jitsu, campeã mundial com títulos nacionais e internacionais. Beatriz Helena Molinari Vieira tem 18, é de Sorocaba e tem uma carreira promissora pela frente, campeã paulista e vice-campeã nacional e sul americana.

Mesmo com tantos títulos, elas ainda dependem de ajuda para bancar as despesas do dia a dia e principalmente os custos de hospedagem, transporte, alimentação e inscrição nas competições oficiais da modalidade Brasil afora.

“Não tenho mais o que provar, sou uma boa atleta, com títulos nacionais, sul americanos e mundiais, e mesmo assim tô aqui no semáforo, vendendo balas todos os dias”, lamenta a veterana faixa preta.

Seguindo o exemplo e obstinação de Mayara, a jovem Beatriz também se mudou para Curitiba em busca de excelência e uma rotina adequada de treinos ao lado de professores e atletas de alto rendimento. A capital paranaense é berço de grandes professores e atletas da modalidade, como a equipe Xeque Mate, onde treinam atualmente.

“Meu pai me manda algum dinheiro, mas tenho que complementar para bancar inscrições e viagens. Estou aqui todos os dias vendendo de manhã e de noite”, conta Beatriz, que sonha com o campeonato europeu em 2021. “São muitas despesas, não quero deixar pra última hora então estou desde já juntando o dinheiro”.

Os títulos e medalhas são provas da excelência alcançada por ambas. Mas a rotina adequada de treinamento e preparação ainda parece uma realidade distante pra quem precisa vender balas entre os intervalos de treinos, e não encontra tempo para descanso.

Como ajudar

Enquanto não consegue um patrocínio fixo, Mayara abriu uma conta no site de ‘vakinhas online’ para impulsionar apoios e seguir competindo.

Lá ela publica a agenda oficial de campeonatos em que representa o Paraná e o Brasil.

Acesse e ajude: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/campeonatos-2020-mayara-monteiro-custodio