O aumento significativo de casos de Cvid19, o pré-colapso do sistema de saúde no Paraná, leva o governo a tomar iniciativas de todas as ordens para reduzir a velocidade dos contágios. A mais eficaz é a vacinação. O governador Ratinho Jr pediu aos secretários municipais da Saúde mais agilidade na aplicação das doses disponíveis no programa de vacinação contra a Covid-19. Foi na abertura do encontro virtual da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB), que contou com a participação dos 399 secretários municipais de Saúde e dos 22 chefes das Regionais de Saúde do Paraná.
É a primeira vez que um governador se reúne com todos os representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems/PR). Além do apelo, o encontro serviu para reforçar o apoio da Secretaria de Estado de Saúde aos municípios e dar boas-vindas aos secretários que assumiram o cargo no começo deste ano, já em meio à pandemia.
O pedido leva em consideração a chegada paulatina de novas doses de vacinas contra o novo coronavírus a partir do final deste mês e de março. O Governo do Paraná tem disponibilizado as doses aos municípios assim que elas são filtradas no Centro de Medicamentos do Paraná (Cemepar), com uma logística de distribuição que permite alcançar as 22 Regionais em poucas horas. A partir disso a organização da vacinação e dos grupos prioritários é feita pelos municípios. E a tendência em muitos municípios é que o processo de vacinação se torne lerdo.
Ele também destacou a chegada de novas doses da vacina da AstraZeneca/Fiocruz nesta quarta-feira (24). “Temos que dar mais velocidade na campanha de vacinação. É a única solução que temos nesse momento, mesmo não tendo o volume suficiente para resolver tudo de uma só vez. Alguns estados têm conseguido fazer uma vacinação de forma bem veloz. Mas nossa preocupação não é com o ranking, é que mais gente vacinada em menos tempo permite diminuir os nossos problemas”, afirmou Ratinho Jr.
TESTES – Ratinho Junior cobrou uma volta da testagem em massa de casos sintomáticos e pessoas que tiveram contato com confirmados. O Paraná ainda é referência nacional na aplicação e no processamento de testes RT-PCR (tipo gold), com mais de 1,5 milhão realizados desde o começo da pandemia e uma parceria afinada entre o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen) e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP). O Estado chegou a realizar mais de 30% dos testes do País, o que permitiu ser assertivo no controle do contágio.
“Mas detectamos que caiu em torno de 35% o número de testes feitos nos municípios. Isso é muito ruim porque o Paraná é referência nacional nesses exames. Já fizemos um volume absurdo, o que adjudou a balizar uma série de decisões, auxiliando o Estado e as prefeituras. A queda acaba desvirtuando a análise para a tomada de decisões”, disse o governador.