Justiça dá 20 dias para empresa do ferry boat garantir segurança aos usuários em Guaratuba

Depois de vários transtornos causados na travessia do ferry boat entre Guaratuba e Matinhos, o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) determinou, nesta quinta-feira (3), que a concessionária BR Travessias, tem 20 dias para realizar as intervenções necessárias nas pontes e flutuantes de modo a garantir a segurança do usuário. Caso o prazo não seja obedecido a multa diária é de R$ 50 mil.

A decisão é uma resposta ao pedido de “ação civil pública” movido pelo governo estadual e pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER).

O juiz Jailton Juan Carlos Tontini ressaltou que a empresa iniciou as operações em abril de 2021 e, desde então, Município de Guaratuba, por duas vezes, decretou estado de calamidade pública devido aos problemas enfrentados na travessia. Além das falhas na prestação do serviço, a segurança dos usuários está risco em razão da má conservação das pontes flutuantes, uma das quais naufragou no dia 1º de fevereiro deste ano.

Nesta quinta-feira (3), usuários que precisaram realizar a travessia relataram problemas nos rebocadores e balsas, longas filas e muita demora para utilizar o serviço do ferry boat. Conforme a rádio Litorânea 91.5, que foi ao local nesta manhã, dos três ferry boats da concessionária que realiza a travessia, somente um deles, de pequeno porte, estava em funcionamento. Houve relatos de que uma das balsas ficou à deriva, mas a informação ainda não foi confirmada oficialmente.

Os relatos de problemas nos equipamentos e estruturas do ferry boat vêm acontecendo há algum tempo e são inúmeros. Na noite de segunda-feira (31), um flutuante da empresa afundou. Antes, no dia 10 de janeiro, uma balsa ficou à deriva por falha mecânica. No feriado do final de ano, os motoristas chegaram a esperar mais de três horas na fila para conseguir atravessar a baía. (Foto: Gabrielly Pontes)