O vereador do PT de Curitiba, Renato Freitas, prestou depoimento no Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta segunda-feira (11). Foram quase duas horas de depoimento, quando o parlamentar foi questionado pelos integrantes do conselho.
Ele responde a processo por causa da entrada abrupta em uma igreja do Largo da Ordem, em Curitiba, ocorrida no dia 5 de fevereiro. Na ocasião, ele participava de um ato contra o racismo e em memória a Moïse Mugenyi e Durval Teófilo Filho, brutalmente assassinados em dias anteriores ao protesto.
A justificativa e resposta de Freitas ficaram em consonância com a defesa que seu advogado protocolou no dia 17 de março. Ele reforçou, primeiro, que não invadiu igreja, visto que ela estava com a porta aberta, e que também não interrompeu culto algum, visto que a missa já tinha acabado. Ainda disse que o termo “invasão” traz uma configuração de “violência” ao ato, o que não aconteceu, visto que o protesto contra o racismo foi pacífico do começo ao fim.
Freitas ainda afirmou que não foi organizador de manifestação alguma. Que ele foi organizado por outras frentes sociais e que ele apenas participou como cidadão, já que uma de suas principais bandeiras é o enfrentamento ao racismo.
O depoimento do vereador foi a última etapa das oitivas. Agora, abre-se um prazo de 10 dias úteis para que acusação e defesa entrem com as alegações finais no processo. Feito isso, o relator e o vice-relator do processo tem mais 10 dias úteis para apresentarem seus votos.
Caso os votos dos relatores sejam pela cassação ou suspensão do mandato do vereador, a matéria é previamente julgada pelo Conselho de Ética e, em seguida, ela vai a plenário, para julgamento de todos os vereadores da Câmara. Mas caso os relatores entendam que a penalidade deve ser mais branda (ou que ela inexista), a penalização é definida pelo próprio Conselho de Ética. (Foto: Christopher Spuldaro / Reprodução / RICtv)