Denúncia das óticas gera polêmica na Câmara e confusão na Rua XV de São José dos Pinhais

(Fotos: Reprodução/SJU)

Depois das denúncias feitas ao Procon–São José pelo fim das abordagens no Calçadão da Rua XV de Novembro, em São José dos Pinhais, o assunto das óticas chegou à Câmara Municipal da cidade onde gerou polêmica com discursos e protestos nas últimas semanas.

Após discurso do vereador Renan Machado, durante sessão, cobrando ação do Procon pelo fim das abordagens, comerciantes do ramo e funcionários do setor protestaram no Plenário alegando o direito de exercer a função, ou seja, continuar fazendo o que eles chamam de “divulgar” a ótica. “Todos têm direito ao trabalho, desde que não se torne uma concorrência desleal, já que existem ‘abordadores’ que chegam a segurar as pessoas pelo braço para convencer a adquirir seus produtos”, diz Renan.

O vereador diz ainda que isso é uma prática que às vezes se torna criminosa e coercitiva. “As maiores culpadas são óticas de grandes redes de Curitiba que tem filiais aqui na cidade, porque as óticas que são de São José dos Pinhais nunca precisaram agir dessa forma para vender”, alega Renan.

Após discurso do vereador na Câmara, alguns empresários do setor foram até o Calçadão, no final da manhã desta terça-feira (9), protestar na frente de uma loja concorrente que não faz “abordagem”, tentando responsabilizá-la pela denúncia feita na Câmara e foi necessária a intervenção da Polícia Militar para conter os ânimos. “Todo protesto deve ser comunicado com antecedência e isso não foi feito, portanto, vocês não podem protestar dessa forma porque vira tumulto”, disse um dos policiais que atendeu à ocorrência.

Morte

A denúncia mais grave envolve uma ótica que teve as atividades suspensas pelo Procon-São José, há 1 ano, quando foi acusada que seus funcionários abordaram um aposentado, de 72 anos, que morreu vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) por ficar nervoso ao perceber que a ótica havia utilizado todo o dinheiro da sua aposentadoria do INSS de forma desonesta, segundo familiares. Após este fato, o Procon interditou o estabelecimento.

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Policial militar teve que intervir para evitar tumulto na Rua XV de Novembro. Protesto ilegal