Polícia monta operação para prender vigaristas do ‘bilhete premiado’

(Foto: Divulgação/PCSC)

Policiais civis do Paraná e de Santa Catarina iniciaram, na manhã desta segunda-feira (29), o cumprimento de três mandados de prisão e cinco de busca e apreensão contra um grupo suspeito de aplicar o ‘golpe da herança’, um desdobramento do golpe do bilhete premiado, ou “conto do vigário”.

A operação foi deflagrada pela Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) e conta com o apoio de policiais do Paraná. Os mandados são cumpridos em Curitiba. O grupo, porém, aplicava os golpes no estado catarinense. Os policiais apreenderam dinheiro e documentos falsos, cartões e dois veículos. Duas mulheres foram presas.

Golpe da herança

O ‘golpe da herança’ seria praticamente o mesmo golpe do bilhete premiado. Os criminosos abordam as vítimas com um falso documento, afirmando que tinham uma herança milionária para receber. Eles dizem que precisavam de ajuda e pedem certas quantias em dinheiro, com a promessa de que, depois de receberem a herança, pagariam para elas grandes valores. Geralmente, os golpistas pediam cerca de R$ 5 mil ou R$ 10 mil reais, e prometiam pagar R$ 100 mil.

De acordo com o delegado Rodrigo Bueno Gusso, da Polícia catarinense, algumas vítimas chegaram a perder R$ 800 mil. O principal perfil dos lesados são idosos, abordados na saída de bancos. Os golpistas se passavam por pessoas bem vestidas e simpáticas. “O perfil geral dessas vítimas são pessoas idosas, mais vulneráveis. Elas caem nesse conto com maior facilidade, mostram uma empatia muito grande, então essas quadrilhas acabam se especializando em abordar essas vítimas”, explica Gusso. “Ninguém conhece uma pessoa no mesmo dia e oferece gratificação, 100 ou 200 mil reais. Isso não existe, é golpe. Se se tornar vítima, procurar a polícia”, alerta o delegado.