Em janeiro de 2015, a Justiça italiana conseguiu as primeiras provas sobre a participação de Robinho na denúncia de estupro feita por uma jovem albanesa em Milão.
Dias antes de completar 30 anos, o jogador, que na época atuava no Milan, admitiu, pela primeira vez, ter tido contato sexual com a denunciante. Até então, nos grampos feitos pela polícia nos telefones do atleta, ele sustentava, em conversas com amigos, que não tinha participação nenhuma no caso. Os áudios foram obtidos pelo ‘UOL’, e estão sendo divulgados semanalmente.
Robinho não considerava que sexo oral era sexo. Mesmo a vítima não reunindo condições de resistir na ocasião, segundo foi constatado pela polícia.
Meses antes, em uma ligação com Galan, um amigo que morava em São Vicente, litoral de São Paulo, ele afirmava que havia ‘tentado’ ter relações, mas que não foi possível, pois não havia tido uma ereção.
Outro temor do jogador era de que a história, que até então só tinha a versão da mulher, chegasse até a imprensa. Era ano de Copa do Mundo, e mesmo sem estar entre os protagonistas do Milan, Robinho pensava que poderia estar na lista dos convocados para o torneio.
Robinho e Ricardo Falco foram condenados por crime de violência sexual em grupo em 2013, na boate Sio Cafe, enquanto era jogador do Milan. O último recurso da defesa foi analisado em 2022 pela Corte de Cassação de Roma, terceira e última instância da justiça italiana, que não permite mais apresentações de recursos. A decisão, portanto, é definitiva.
Na época, Robinho defendia o Milan. Ele, Falco, e outros quatro brasileiros foram denunciados pelo crime. No início, o jogador negava qualquer contato com a vítima. NO decorrer do processo, admitiu contato sexual, mas negou ter cometido violência sexual. O processo se iniciou em 2016, mas ele não apareceu às audiências durante os julgamentos. A primeira sentença foi proferida em 2017. Em 2020, a Corte de Apelação de Milão manteve a condenação, e em 2022, veio a decisão final.
Como não pode ser extraditado, o jogador vive isolado, no Guarujá, litoral de São Paulo. Ele também não pode sair do país, já que há um mandado de prisão internacional emitido pela Justiça da Itália. Em março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) ordenou que o jogador entregasse seu passaporte. A Itália pediu que o Brasil homologasse o a sentença, e o pedido ainda está em análise.
O UOL esportes podcast do Youtube, divulgou todas as conversas grampeadas entre os ” amigos”, e na ultima quarta feira (21), o ex jogador era um dos convidados de um casamento, onde aparece com um pandeiro nas mãos contando pagode e se divertindo com a esposa, os filhos e amigos.