PM de folga tentou apartar briga de mulheres, os maridos não gostaram e o desfecho foi sangrento com um morto e dois feridos
Um homem morreu e dois ficaram feridos em uma briga generalizada, na tarde de hoje (3), na frente do Módulo Móvel da Polícia Militar, na via mar do Balneário de Shangri-lá, litoral paranaense. Algumas pessoas voltavam das praias quando houve uma briga de trânsito envolvendo duas mulheres e um policial militar, de folga, tentou intervir, os maridos não gostaram e teve início uma briga violenta com um morto e dois feridos.
Segundo a PM, o policial à paisana se identificou com uma arma em punho e tentou intervir na briga das mulheres, já que o trânsito estava parado por conta da confusão. Os respectivos maridos não gostaram e passaram a agredir o policial, tentando desarmá-lo. Neste momento, vendo que estava em desvantagem, o policial disparou contra os agressores, acertando dois, um deles é um jovem, de 18 anos, morador de São José dos Pinhais, que levou um tiro no braço. O outro baleado não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Com a chegada de várias viaturas e uma ambulância do Siate, o policial autor dos disparos também ficou bastante ferido e foi levado, juntamente com o rapaz, baleado no braço, para o Hospital Regional do Litoral, onde permanecem internados.
O que diz a Nota da PM:
“O policial buzinou para que deixassem o trânsito fluir, porém, mais a frente, foi obrigado a parar no congestionamento. Momento em que homens (maridos das mulheres que estavam em vias de fato) passaram a agredi-lo com socos na face, o militar temendo ficar desacordado, sacou de sua arma, para sua defesa e de seus familiares”, diz a nota.
O homem que morreu em decorrência do tiro tinha 31 anos e morava em São Paulo. O jovem que ficou ferido e foi encaminhado a um hospital de Paranaguá tem 18 anos e foi atingido por um disparo no braço, morador de São José dos Pinhais. De acordo com a PM, ele segue internado sob escolta policial e não corre risco de morrer.
“O policial militar se apresentou espontaneamente à Delegacia de Polícia Civil, onde foi ouvido e liberado. Foram arroladas diversas testemunhas que foram ouvidas pelo delegado de plantão, que confirmaram a versão do policial militar”, acrescentou a corporação.
A PM não explicou se as mulheres envolvidas na briga foram ouvidas na delegacia nem se o terceiro homem que agrediu o soldado foi preso. A conclusão do inquérito policial deve demorar cerca de dez dias. (Foto: Reprodução)