Cadáveres desapareceram misteriosamente da geladeira do IML

Ninguém sabe onde foram parar pelo menos dois corpos que sumiram há seis anos da geladeira do IML (Foto: Reprodução/AEN)

O Ministério Público (MP) do Paraná investiga o sumiço de pelo menos dois corpos que estavam nas geladeiras do Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba desde 2014 e, misteriosamente, desapareceram em 2017. A investigação teria sido iniciada há seis anos, mas após novas reclamações sobre a falta dos cadáveres, o MP abriu um inquérito para apurar uma possível omissão da Polícia Científica, que trabalha dentro da Casa de Medicina Legal.

Os corpos de dois homens sem identificação, estavam no IML desde 2014 e desapareceram em 2017. Ofício encaminhados à polícia aponta que pelo menos outros dois corpos, de um terceiro homem e de um natimorto, também sumiram do mesmo IML entre 2016 e 2017. Ninguém sabe explicar o que aconteceu. Diante da lei, os responsáveis pelo IML não souberam explicar realmente o que aconteceu. Por usa vez, a Polícia Civil limitou-se a confirmar a existência de uma investigação sobre o assunto, enquanto a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) ressaltou que o caso teria ocorrido no antigo IML de Curitiba e que tais práticas que ocorriam no antigo IML “não existem mais nas Unidades da Polícia Científica, ou seja, no novo IML”.

                              Jardineiro

Um dos corpos desparecidos é o do jardineiro Miguel Antônio da Cruz, de 53 anos. Segundo uma investigação, ele foi encontrado morto em 31 de agosto de 2014 em um terminal rodoviário de Curitiba. Por dois anos, a família achou que ele estava desaparecido, mas souberam da morte após irem ao IML atrás do corpo. Segundo Lucinéia Pereira da Silva, esposa de Miguel, e Lucilaine Regina da Silva, filha do casal, o instituto não soube dizer onde o cadáver estava. A Polícia Científica informou que, como os casos são antigos, não irá se manifestar.