Desaparecimento e morte de Miss Raíssa Suellen em Curitiba

Entenda o caso da ex_miss teen que chocou a capital paranaense

O desaparecimento

Raíssa, natural de Paulo Afonso, Bahia, vivia em Curitiba há cerca de três anos. No dia 2 de junho, ela saiu do apartamento dizendo que viajaria para Sorocaba (SP) para assumir um novo emprego, no qual um amigo também natural da mesma cidade lhe havia conseguido. Então em companhia deste amigo o humorista e motorista de aplicativo Marcelo Alves, de 41 anos, foi para a suposta viagem, conforme video que ficou registrado pelas amigas. Após esse episódio, ela não foi mais vista, o celular permaneceu desligado logo que saiu, e sem nenhuma noticia a família registrou boletim de ocorrência.

Segundo investigações, Marcelo atraiu Raíssa com uma falsa oportunidade de trabalho em Sorocaba. No dia combinado para a suposta mudança, ele revelou que não havia emprego e aproveitou para confessar seus sentimentos por ela, uma declaração que teria sido rejeitado por Raíssa .

Em seu depoimento à polícia, Marcelo admitiu que, após ser repudiado, perseguiu e estrangulou a jovem com uma abraçadeira plástica (“enforca-gato”) dentro de sua casa, no bairro Ganchinho, em Curitiba. Ele relatou que um momento de fúria e descontrole emocional provocou o homicídio. O corpo foi enrolado numa lona, colocado no porta-malas de um carro, disse que ligou para o filho e pediu para que fosse até sua residencia, lá o filho após, ficar sabendo de todo o ocorrido teria tentado o convencer a se entregar sem sucesso, então Marcelo pediu que seu filho o levasse até Araucária, e que de lá voltou com carro de aplicativo onde o corpo da jovem foi desovado e enterrado em uma área de mata. O corpo foi localizado na tarde do dia 9 de junho, no exato local em que relatou em interrogatório policial e seguiu com a delegada do caso e equipe s da polícia civil.

Marcelo procurou a delegacia junto ao seu advogado, Dr. Caio Percival e confessou o crime. Á principio a delegada informou que seria pedido a prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, o filho também foi ouvido em delegacia e deve responder pela ocultação, já que foi ele quem dirigiu e transportou o corpo de Raissa e o pai até Araucária.

Premeditação e feminicídio

Em coletiva, a delegada Aline Manzatto destacou indícios fortes de premeditação: desde a falsa promessa de emprego até o uso de lona nova e fita adesiva para ocultar o corpo. O caso também está sendo investigado como possível feminicídio, já que o motivador do crime seria o fato de a vítima ter rejeitado o suspeito, caracterizando “crime de gênero”

Além disso, investigações seguem para apurar se Raíssa foi drogada – já que não haviam sinais de luta – e se houve ou não violência sexual; laudos toxicológicos e exames do IML estão em andamento.

Reação da família

A irmã de Raíssa, Natália, expressou profunda dor e indignação. O sentimento da família é de revolta pela forma como a jovem foi atraída com promessa de carreira e brutalmente assassinada por uma pessoa que a conhecia desde criança. Eles agora aguardam justiça pelo crime brutal