A coluna da Fábia Oliveira – O Dia recebeu uma série de vídeos e mensagens com reclamações sobre a live do DJ.
Apesar de ter chegado a um acordo com os condôminos de seu prédio sobre a questão do barulho, Alok não tinha avisado aos vizinhos dos quarteirões próximos qual a proporção que o barulho de sua live teria. Em vídeos o enviado à coluna, é possível notar que num bairro com predominância de idosos, o som alcançava vários quarteirões.
Outra reclamação foi o trânsito causado, já que todos na região acabaram sabendo onde Alok morava devido às luzes que saíam do apartamento. A proporia mulher do DJ, em vídeo postado por Alok, se mostra surpresa com o fato de tudo na frente do prédio estar parado e com vários carros buzinando em pleno começo de madrugada.
Vale lembrar que as lives incentivam o isolamento social, mas parece que a de Alok teve efeito contrário e a aglomeração, mesmo que dentro de carros, pode trazer riscos à saúde pública. São Paulo é o estado com maior número de infectados e mortos em todo o país. Sendo que os casos confirmados no estado já passam de 31 mil e o número de óbitos ultrapassa 2.500 pessoas.
Outro fato que virou comentário na live de Alok foi a entrada de Marina Ruy
Barbosa dizendo que a noite estava sendo maravilhosa, mesmo com o sol,
visivelmente, batendo no rosto da atriz. Em tempos de pandemia, organização e
planejamento são fundamentais para realização de qualquer ação, senão elas
acabam tendo efeito contrário. Quando uma live acontece, como foi o projeto ‘Em
Casa com Alok’, do grupo Globo, pode-se dizer que quem lucrou 100% com tudo foi
a emissora que manteve seguro, o que mais importa para ela: os anunciantes.
Anunciantes esses que deveriam cobrar mais rigor na execução desses projetos.
Empresas como 3 corações e Budweiser deveriam se preocupar mais com a população
e resultados causados com eventos que deveriam incentivar as pessoas ficarem em
casa, mas dada a estrutura, tem efeito contrário e acabam tirando as pessoas de
casa e as expondo a riscos.
Essa coluna apoia sim, iniciativas que ajudem ao próximo, mas que se preocupem em preservar a população. Só ficar postando vídeo bonitinho de ficar em casa e recomendando o uso de máscaras não fazem efeito quando você transforma seu prédio num farol, gerando a curiosidade de muitos de ver o que acontece de perto.
Essa colunista não tem rabo preso com ninguém, como alguns aí tem, então aí vai um conselho: muita gente quer inventar a roda. Essas pessoas deveriam pegar umas dicas com a dupla Sandy & Junior de como ser sucesso na simplicidade.