Linha Verde terá obra retomada em Curitiba

O prefeito Rafael Greca anunciou nesta sexta-feira (19), ao visitar trecho da Linha Verde entre Bairro Alto e Bacacheri, o lançamento do edital de concorrência para a contratação de empresa que concluirá o Lote 3.2 da Linha Verde. O edital será publicado ainda nesta sexta no Diário Oficial do Município de Curitiba.

O Lote 3.2 é compreendido pela trincheira que ligará as ruas Fúlvio José Alice e Amazonas de Souza Azevedo sob a Linha Verde, melhorando o trânsito entre Bairro Alto e Bacacheri. O novo edital inclui ainda o pavimento da própria Linha Verde na região da trincheira e dos acessos laterais à estrutura.  

“Essa ligação entre o Bairro Alto e o Bacacheri está parada há bastante tempo. Nós tivemos problemas com a execução da obra. Então, vencemos questões judiciais e agora daremos início à nova licitação para contratar a empresa que terminará o trabalho”, disse Greca. 

A previsão do secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, que está à frente do órgão que coordena a execução dos trabalhos na Linha Verde, é de que a abertura das propostas das empresas participantes do processo licitatório ocorra no dia 14 de julho. 

“Após encerrarmos o antigo contrato, fizemos um criterioso levantamento técnico sobre o saldo remanescente da obra, com atenção para a parte estrutural da trincheira e de pavimentação. Esse trabalho prévio habilita o novo processo licitatório”, explicou Rodrigues.  

Histórico                        

As obras começaram em outubro de 2016. A trincheira já deveria estar servindo aos motoristas que trafegam pela região desde setembro de 2017, de acordo com o pactuado inicialmente em contrato. 

Porém, 74,98% das obras foram concluídas. Seis aditivos de prazo foram concedidos à empresa que executava os serviços, com a finalização prevista para julho de 2019. O trabalho não foi concluído mesmo com o prazo ampliado em cerca de 700 dias e o contrato foi rompido em agosto de 2019.

Durante os quase dois anos de obras no Lote 3.2, a Secretaria Municipal de Obras Públicas emitiu 21 notificações contra a construtora. Os avisos legais foram motivados pela não execução de frentes de trabalho liberadas, atrasos no cronograma de execução e, por fim, pelo total abandono dos serviços, inclusive marcado pela ausência de funcionários e retirada de materiais e equipamentos do local.

Lote 3.1

Em obras desde novembro de 2015, o Lote 3.1 foi abandonado pela empresa que estava fazendo o serviço com 83,5% das obras concluídas e, como ocorreu com o Lote 3.2, o contrato também foi rompido em agosto de 2019. O lote compreende o trecho que começa na altura da Avenida Victor Ferreira do Amaral e segue até o cruzamento com a Rua Fagundes Varela.

O mesmo estudo técnico do saldo remanescente da obra feito no Lote 3.2 foi realizado no 3.1. O edital para contratação da nova empresa que finalizará o serviço foi lançado e o processo licitatório está em fase de verificação dos documentos apresentados pelas construtoras interessadas no trabalho.

Lote 4.1

Situação distinta ocorreu com o Lote 4.1 da Linha Verde. No trecho entre as estações Conjunto Solar e Atuba, as obras foram retomadas ainda em dezembro de 2019 ao ser exercido o direito de convocação da segunda colocada na licitação. 

O consórcio Estação Solar aceitou assumir a obra após o contrato com a primeira colocada na licitação ter sido rescindido, também em agosto do ano passado. A rescisão ocorreu por falhas no atendimento ao cronograma de execução da obra e a lentidão dos serviços. Somente neste Lote 4.1, a Secretaria Municipal de Obras Públicas aplicou 31 notificações na empresa que estava responsável pelo trecho.

O prefeito Rafael Greca, depois de estar no Lote 3.2, foi ao canteiro de obras do Lote 4.1. Hoje, as obras estão concentradas na construção do novo complexo viário na região do antigo trevo do Atuba. Uma trincheira e dois viadutos estão sendo feitos para garantir melhor fluxo de veículos entre o norte e o sul de Curitiba, na integração com o vizinho município de Colombo e na ligação com estado de São Paulo.

“O trevo do Atuba deixará de existir. As estacas que irão sustentar a obra de engenharia já foram construídas e trabalho de escavação está em andamento. O serviço logo-logo vai mostrar resultados efetivos”, disse Greca.

De acordo com o que foi pactuado em contrato, o prazo para que a obra esteja concluída é dezembro de 2021.