O futebol paranaense está de luto. Morreu Amílton Noffke, um dos grandes descobridores de talentos da história. Ele tinha 84 anos e seguia ainda na ativa na Suburbana, o campeonato de futebol amador de Curitiba. Um dos raros nomes a brilhar no amador e no profissional, Noffke foi responsável pelo surgimento de uma geração de craques nos anos 1970 e 1980.
Por mais de dez anos, Amílton Noffke foi o coordenador das categorias de base do Pinheiros. Pelas mãos dele passaram os principais jogadores dos títulos paranaenses de 1984 e 1987. Gente como Roberson, Serginho, Maurício, Sérgio Luís e Marquinhos. Sem contar os que vieram depois, como Maurílio, que fez história no Paraná Clube.
Ainda no Pinheiros, Amílton Noffke revelou jogadores que ganharam o mundo. Como o atual técnico do Athletico, Cuca, que rapidamente saiu do Iguaçu de Santa Felicidade para fazer carreira no Grêmio. Ou Ademir Alcântara, que rodou por Portugal antes de virar o Mestre do meio-campo do Coritiba. E Amarildo, centroavante que ganhou a Europa nos anos 1990.
No Athletico, para onde foi em 1986, ajudou a revelar o zagueiro Marcão, o volante Roberto Cavalo, o atacante Vílson e especialmente Adílson Batista. O hoje treinador surgiu na base do Furacão e depois brilhou no Cruzeiro e no Grêmio, onde virou o Capitão América. No Coritiba, esteve no período de formação de Pachequinho e Alex, os grandes ídolos da história recente do clube.
Na Suburbana, Amílton Noffke trabalhou em diversos clubes, tanto comandando times juvenis quanto os principais. Ganhou títulos no Vila Fanny e no Nova Orleans, e estava trabalhando no Santa Quitéria. O treinador tinha problemas no fígado e faleceu neste domingo (31) na UPA do Fazendinha. Seu corpo será sepultado nesta segunda-feira (1), no cemitério do Campo Comprido.