Morto com tiro no rosto ao ouvir disparos em casa do vizinho

morte de Bruno Emídio da Silva Junior ganhou repercussão nacional após as imagens, que mostram o exato momento em que o homem de 33 anos é atingido com um disparo no rosto, serem divulgadas nas redes sociais. Vários perfis no X (antigo Twitter) compartilharam o vídeo, que pode ser visto abaixo e contém cenas fortes, nesta sexta-feira (15). A Polícia Civil, que investiga o caso, prendeu o suposto atirador nesta quarta-feira (13), em Apucarana, na região norte do Paraná.

Ainda conforme a Polícia Civil, a vítima estava em uma confraternização em uma casa no distrito do Pirapó, quando foi atingida..

Testemunhas relataram à polícia que participavam de uma confraternização. Em determinado momento da festa, a vítima ouviu disparos de arma de fogo vindos da casa vizinha. Preocupado, o homem subiu em um suporte para botijão de gás para tentar enxergar o que estava acontecendo por cima do muro, no momento em que levou um tiro no rosto.

As imagens abaixo mostram o exato momento da situação. Por conta das cenas fortes, a Banda B aplicou um desfoque na edição do vídeo.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, mas o disparo foi fatal e o rapaz morreu na hora. Uma mulher, em estado de desespero, tenta ajudar Bruno, mas sem sucesso.

Suspeito foi preso pela polícia e alegou legítima defesa

O suspeito foi preso e está detido na 17ª Subdivisão Policial (SDP), em Apucarana. Trata-se de um empresário de 41 anos, que foi localizado 15 minutos depois da Justiça expedir seu mandado de prisão.

Ele alegou legítima defesa, conforme destacou o delegado André Garcia, porque teria ouvido pessoas andando sobre o telhado de sua casa. Por este motivo, efetuou o disparo. O suspeito ainda disse à polícia que acreditava que Bruno estaria tentando pular o muro do imóvel e pensou que se tratava de um assaltante.

Essa versão não encontra nenhum elemento informativo que corrobore. O que nós temos é exatamente o contrário do que ele diz. A vítima em momento algum subiu no telhado da casa do vizinho tão pouco tentou pular o muro. Ela apenas subiu na casinha de gás e ergueu o pescoço para ver de onde vinham esses disparos, talvez até preocupado com os moradores da casa.

André Garcia, delegado.

As imagens acima podem ser interpretadas de uma forma diferente da versão dita pelo empresário à polícia. A arma usada no crime, uma pistola 380, foi apreendida pela Polícia Civil que pretende indiciar o empresário pelo crime de homicídio qualificado.