E o pior é que agora até a direção do hospital não quer nem falar sobre o caso
(Foto: Reprodução/Globo)
Uma passista de escola de samba do Rio de Janeiro foi internada em um hospital para a retirada de um mioma no útero e ganhou alta alguns dias depois com parte do braço esquerdo amputado. Alessandra dos Santos Silva, 35 anos, que também ganha a vida como trancista, contou que apenas se lembra de ter acordado em outro hospital sem o braço.
Revoltados, familiares dizem que não entendem a atitude da direção do hospital, que até agora não se manifestou a respeito do caso e apenas emitiu uma nota justificando que a paciente corria risco de necrose. O caso foi parar na secretaria Estadual de Saúde, que repassou o caso para a Polícia Civil, que já iniciou as investigações.
A família foi orientada a fazer um Boletim de Ocorrência na delegacia e agora aguarda o desenrolar do caso. Alessandra, que trabalha como trancista em um salão, não sabe como vai fazer para sobreviver. “Já fizemos um requerimento nos hospitais para pegar os prontuários. A partir desse documento, a gente vai entrar com uma ação contra o Estado”, afirmou a advogada Bianca Kald, que defende a paciente. “Eu quero que os responsáveis paguem, que o hospital se responsabilize, porque eles conseguiram acabar com a minha vida. Destruíram meu trabalho, minha carreira, meu sonho… tudo”, declarou Alessandra. A Polícia Civil informou que o caso foi registrado na 64ª DP (São João de Meriti) e que os agentes requisitaram o laudo médico de atendimento na unidade para fazer uma análise.