Paraná une os poderes no Pacto Nacional pela Consciência Vacinal

Evento foi nesta sexta-feira no Palácio Iguaçu, em Curitiba com a presença do governador Ratinho Júnior

(Foto: Ari Dias/AEN)

O Paraná é o primeiro estado brasileiro a aderir em massa ao Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, iniciativa lançada no final do ano passado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para ampliar os índices de imunização no País. A expectativa é reunir diversas instituições em uma grande campanha para retomar os índices seguros e homogêneos de cobertura vacinal em todo território nacional.

A assinatura de adesão aconteceu nesta sexta-feira (28), em evento no Palácio Iguaçu, e incluiu o Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, Tribunal Regional Eleitoral, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Associação dos Magistrados do Brasil e Prefeitura de Curitiba.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou que, a partir de um esforço conjunto, a iniciativa pode contribuir com o Estado e os municípios para que consigam tornar a imunização cada vez mais acessível. “Vacinar é levar a ciência em gota para as pessoas, é promover o acesso universal à saúde, algo que poucos países fazem e o Brasil sempre foi referência”, disse.

“Queremos fazer com que as vacinas contra a Covid-19, gripe, poliomielite, meningite e tantas outras que temos para proteger os cidadãos e nossas crianças possam estar cada vez mais acessíveis”, ressaltou Ratinho Junior. “E precisamos conscientizar as pessoas sobre a importância da imunização, porque isso acabou virando uma questão ideológica que fez com que muitas pessoas deixassem de se vacinar. É preciso que todos tenham consciência da importância da vacina para se proteger, porque ela existe para salvar vidas”.

Uma das propostas do Pacto Nacional é promover amplas campanhas de comunicação buscando a adesão da população ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). A ideia é conscientizar os brasileiros sobre a importância, segurança e eficácia das vacinas e alertar sobre os riscos atuais do retorno de doenças transmissíveis já erradicadas no País, como a poliomielite.

Para isso, o Ministério Público vai trabalhar de forma conjunta com as secretarias estaduais e municipais de Educação e Saúde, Conselhos Municipais de Educação, dos Direitos da Criança e do Adolescente, e de Saúde, além de Conselhos Tutelares, para definir estratégias adequadas de ampliação da cobertura vacinal.

“Pretendemos levar essa discussão a todos os estados, para chamar a atenção sobre a redução da cobertura vacinal. O País já foi um grande exemplo de como vacinar a sua população, erradicamos a poliomielite do Brasil nos anos 1980, mas de uns anos para cá começamos a ter índices muito baixo. Não podemos ver isso com naturalidade”, explicou Jayme Martins de Oliveira Neto, presidente da Comissão de Saúde do CNMP, que coordena o Pacto Nacional. Também foi desenvolvido um material informativo que será disponibilizado aos membros do Ministério Público nos estados, com atribuições da efetividade da política de saúde. A proposta é desenvolver ações conjuntas com o setor educacional para capacitar e sensibilizar professores, coordenadores pedagógicos e demais profissionais da educação para que atuem como multiplicadores no processo de conscientização dos alunos.