Ao deixar o aparelho de celular em uma assistência técnica para conserto, em Piraquara, um idoso, de 68 anos, jamais imaginava que seria denunciado por armazenar conteúdos de pornografia infantil no aparelho. O técnico, ao abrir as imagens, constatou que se tratava de crime de pedofilia e acionou a polícia.
Imediatamente uma equipe da Polícia Civil foi até o local e constatou a veracidade da denúncia e foi atrás do dono do celular. O homem foi localizado e preso na manhã desta segunda-feira (16) e, em depoimento aos policiais, acabou “entregando” o comparsa, um pastor evangélico, de 54 anos, que também foi preso.
O investigador Sérgio Klaar, da delegacia de Piraquara, contou que a equipe suspeitava de uma rede de pedofilia na cidade e recebeu uma denúncia nesta segunda-feira (16) de um técnico de uma loja de assistência de celulares. “A gente já vinha investigando essa rede de pedofilia e nós tivemos uma denúncia anônima aonde, em uma loja de celulares, uma pessoa teria deixado um equipamento e, neste equipamento, teriam imagens, vídeos e fotos de pedofilia. Nós fizemos um trabalho de inteligência junto com nossa equipe de investigação e nós conseguimos abordar este suspeito”, relatou o investigador. O homem, de 68 anos, estava com um mandado de prisão em aberto por homicídio relacionado a um crime de 2013, ocorrido no interior do Paraná.
“No momento da abordagem deste suspeito, ele tinha mandado de prisão expedido por um outro crime, um crime de homicídio. Então ele foi trazido à presença da autoridade policial e aqui na delegacia ele confessou o crime de pedofilia, ele confessou as atrocidades e as barbaridades que tinham no telefone como sendo dele, e apontou o mentor da rede de pedofilia dele e de outros comparsas”, disse o policial.
O pastor, de 54 anos, foi detido e encaminhado para a delegacia. No interrogatório, os dois homens ficaram em silêncio. Ao todo, foram apreendidos dois notebooks, três celulares, CDS e pen drives. O material ainda será avaliado na tentativa de identificar as vítimas que aparecem em fotos e vídeos.
O pastor atuava no bairro Guarituba e, segundo informações locais, era bem visto pela população. A Polícia Civil segue investigando para entender qual a extensão da rede de distribuição e possíveis vítimas na cidade ou região metropolitana. Denúncias podem ser feitas diretamente para a equipe de investigação pelo telefone: (41) 3590-1200. (Foto: Ilustrativa/PC/PR)