Postos de combustíveis e distribuidoras que aumentaram os preços da gasolina, diesel e gás de cozinha antecipado, ou seja um dia antes da validade do preço novo, agora terão que se explicar junto ao Órgão de Defesa do Consumidor. O Procon-PR já notificou 87 postos e 10 distribuidoras após denúncias de que esses estabelecimentos aplicaram o aumento de 18% no dia 10 de março, mesmo com a Petrobras determinando que os novos valores só começariam a valer a partir do dia seguinte.
A chefe do Procon, Claudia Silvano, explica que o órgão atua, primeiro, notificando as distribuidoras. De acordo com ela, houve relatos que as empresas encaminharam caminhões para a reposição de estoques de combustíveis com os valores já reajustados.
“Depois de notificar as distribuidoras, o Procon vai diretamente aos postos denunciados para identificar possíveis irregularidades”, afirma.
Em ambos os casos, são solicitadas as notas fiscais de compra e venda de combustíveis, com prazo de 10 dias úteis para apresentação dos documentos a contar da notificação. Se constatada a irregularidade, o Procon abre um processo administrativo, podendo gerar multa.
A alta no barril do petróleo está relacionada à guerra na Ucrânia, que impactou no reajuste dos preços da gasolina, do diesel e do GLP (gás de cozinha). Nas distribuidoras, o preço médio no litro de gasolina passou de R$ 3,25 para R$ 3,86, um aumento de 18,77%. O aumento previsto no diesel é de 24,9%, de R$ 3,61 a R$ 4,51 o litro. O quilo do gás de cozinha passou de R$ 3,86 para R$ 4,48, reajuste de 16%. (Foto: Divulgação/AN)