O vereador de Curitiba, Renato Freitas (PT), que responde a um processo na Comissão de Ética pela acusação de ter invadido uma igreja no Largo da Ordem, na Capital, fez uma acusação esta semana que já despertou interesse do Ministério Público do Paraná (MP/PR) de investigar. Ele disse em tom certeiro e convicto que tem 26 vereadores que recebem propina em dinheiro e outras vantagens. A afirmação foi publicada no Blog do Tupã e está movimentando os bastidores políticos de Curitiba.
A gravidade da acusação levou o MP/PR a iniciar uma investigação para apurar a veracidade da denúncia. Segundo Freitas, dos 38 vereadores, 26 são suspeitos. A informação do vereador petista causou uma mal estar entre os demais vereadores nos corredores do Palácio Rio Branco, inclusive, entre os parlamentares que defendem a cassação de Freitas.
Ao ser indagado pelo jornalista Gil Luiz Mendes (A Ponte) nesta semana se perderia o mandato, Renato Freitas respondeu que está sofrendo um processo de perseguição que vai muito além do pedido de cassação. “É uma perseguição muito grande, dos 38 vereadores, 26 deles são da base fiel ao prefeito. Têm cargos, recebem dinheiro, propina e tudo mais. E votam em tudo que o prefeito quer. Tudo, absolutamente tudo. Desse modo, tendo em vista que o julgamento de cassação é político, já estou sendo dado como cassado lá dentro da Câmara dos Vereadores e já houve até comemoração por parte da base eleitoral, porque eles acham que não vai ter nenhum problema”, desabafou o vereador.
Um processo na Comissão de Ética contra o vereador Renato Freitas, que o acusa de ter invadido a Igreja do Largo da Ordem, em Curitiba, deverá ser votado no Plenário da Câmara nos próximos dias pedindo ou não a sua cassação. (Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)