Selo da Adapar garante segurança e qualidade ao consumidor de morangos na RMC

Grande parte dos morangos são produzidos em São José dos Pinhais, na RMC

Uma iniciativa da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) em parceria com o Sistema Faep/Senar possibilita que produtores de morango da Região Metropolitana de Curitiba tenham um selo de qualidade que diferencia o produto no mercado. Grande parte dos morangos são produzidos em São José dos Pinhais.

O projeto-piloto foi oficializado no final de 2022, com oito propriedades participantes, e hoje todas já estão certificadas. São agricultores convencionais que seguem o sistema semi-hidropônico, ou seja, as frutas não são cultivadas direto na terra, mas em um substrato apoiado em cavaletes ou palanques.

Na primeira etapa, os fruticultores participaram de uma capacitação realizada pelo Sistema Faep/Senar-PR. As exigências para certificação também incluem a presença de um responsável técnico na propriedade, o monitoramento constante de pragas e doenças e uma produção ambientalmente sustentável. Os fiscais de Defesa Agropecuária da Adapar fazem acompanhamento frequente e coletam amostras para comprovar a ausência de resíduos de agrotóxicos nas frutas.

Após as análises, se constatada a conformidade às normas de qualidade, a Adapar concede aos agricultores um selo que é adicionado às embalagens dos morangos. Além de indicar a adequação, o selo tem um QR Code que dá acesso a informações como as datas das fiscalizações realizadas, os resultados das análises laboratoriais e a rastreabilidade.

A conquista do selo fez a diferença na propriedade da família da engenheira agrônoma Giovana Beger, em São José dos Pinhais. São 25 estufas abertas para visitação e no sistema “colha e pague”, que proporciona aos turistas o contato direto com a origem do produto.

A família trabalha com morangos desde 1999 e já recebia a fiscalização da Adapar antes mesmo do projeto-piloto. Mas, com a adesão à iniciativa, aperfeiçoou o monitoramento de pragas e doenças com um caderno de campo. Além disso, o armazenamento de agrotóxicos e fertilizantes foi reorganizado, e a engenheira agrônoma passou a ter um acompanhamento mais frequente da produção. “Nós conseguimos reduzir o uso dos químicos pela adoção dos biológicos”, conta Giovana.

“A gente já tinha um produto seguro e não usava químicos de forma indiscriminada. Mas não tinha nenhuma forma de provar isso para o consumidor, para dizer que nosso produto era totalmente seguro. Agora, com essa certificação da Adapar, a gente tem”, complementa. (Foto: Gilson Abreu/AEN)