Uma cena inusitada foi registrada por fiéis durante uma missa neste domingo (6), na Igreja do Rosário, Largo da Ordem, em Curitiba, quando o vereador Renato Freitas (foto), do Partido dos Trabalhadores (PT), invadiu o templo acompanhado de dezenas de manifestantes com gritos e palavras de ordem como “racistas” e “facistas”. Mesmo diante dos apelos do padre pedindo que saíssem, os manifestantes continuavam com os gritos, todos portando bandeiras vermelhas do PT e do PC do B.
Uma testemunha contou que o vereador chegou a discursar dentro da igreja contrariando aos apelos do padre que celebrava a missa. Ele associou os fiais ao assassinato de pessoas como o congolês Moïse Mugenyi e Durval Teófilo Filho.
A invasão à Igreja do Rosário em plena celebração religiosa foi denunciada pelo deputado federal Paulo Eduardo Martins, que também apontou o acometimento de crime por parte dos manifestantes. “Um vereador do PT participou da ação”, disse o deputado nas redes sociais. “Eles dizem que protestavam contra o racismo. Na verdade o que move a turba é ódio ao cristianismo mesmo.”
O deputado citou o Artigo 208 do Código Penal Brasileiro, o qual determina que é crime “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso.”
“O crime de ultraje a culto é previsto no artigo 208 do código penal. Constituição Federal garante a liberdade religiosa. Esses militantes são os que se dizem tolerantes”, afirmou Martins.